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A educação na América Latina

Resultados que nos inquietam

Como estão os níveis de matemática das crianças e dos jovens na América Latina? O que os resultados dos testes do PISA nos indicam? Quais os desafios e como podemos abordá-los?

Nota

Estas são algumas das questões que surgem a partir dos resultados dos alunos da América Latina. Nos últimos anos, os testes PISA (sigla em inglês para Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) refletem uma realidade complexa: crianças e jovens não estão atingindo os resultados esperados para sua idade, tanto em Alfabetização como em Matemática.

Neste artigo analisaremos os resultados de Matemática dos testes PISA durante as últimas implementações, bem como um relatório emitido pelo Banco Mundial-UNICEF, junto com a UNESCO, em 2019.

Os testes PISA

PISA

O Relatório PISA é um estudo global iniciado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) em 2000 que mede a capacidade de jovens de 15 anos de idade de usar suas habilidades de linguagem, matemática e ciências para enfrentar desafios da vida real.

É realizado através da aplicação de testes padronizados que são realizados a cada três anos em vários países, pertencentes ou não à OCDE. Fornecem dados comparáveis que permitem aos países melhorarem suas políticas educativas e seus resultados, uma vez que esta análise não procura avaliar cada aluno, mas sim fornecer uma visão objetiva do sistema em que são educados.

Para esses testes, são utilizadas amostras representativas entre 4.500 e 10.000 estudantes por país. Esse tamanho de amostra permite fazer inferências para o país como um todo, mas não permite inferências por região ou estado.

Por se tratar de um teste que é aplicado a cada três anos, ele teria sido feito em 2021, mas foi adiado para 2022 devido à pandemia.Esses resultados foram divulgados há alguns dias.

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PISA: resultados de matemática em 2012, 2015, 2018 e 2022, com foco na América Latina

Todos os países latino-americanos que participam dos testes PISA estão localizados nos níveis mais baixos de desempenho.

 

Até 2018, de todos eles, o Chile e o Uruguai apresentaram certa consistência e evolução em seus indicadores. No caso do Peru e da Colômbia, houve progressos significativos: o Peru cresceu 108 pontos em 18 anos, e a Colômbia, 21 pontos em 12 anos. Em ambos os países, este salto teve a ver com a implementação de reformas educativas destinadas, por um lado, ao desenvolvimento profissional dos professores, através de instâncias de formação e apoio; e por outro, à redefinição das escalas salariais e à incorporação de incentivos associados ao mérito.

MATE Pisa

Conforme o gráfico, as pontuações de Matemática em 2022 diminuíram em todos os países em comparação com 2018. Alguns países com diferenças consideráveis, como o México (-14 pontos), outros com diferenças menores, como a Argentina (-2 pontos). Embora a Argentina seja o país com a menor redução na avaliação pós-pandemia, ela continua em último lugar na região, com 378 pontos em Matemática, abaixo do Brasil (379), Colômbia (383) e México (395).

Cabe salientar que a maioria dos países latino-americanos não caiu tão abruptamente como os países da OCDE, mas os dados são igualmente preocupantes: três em cada quatro estudantes da nossa região não atingem competências básicas em matemática.

PISA 2022 – Alunos com baixo desempenho em Matemática:

Pisa Baja Performance

Fonte: BID.

Relatório do Banco Mundial-UNICEF

Unicef2

Nessa linha, segundo relatório do Banco Mundial-UNICEF, em colaboração com a UNESCO (2019), 83% das crianças do 6º ano na América Latina estão abaixo do nível mínimo em Matemática.

Nível de matemática no ensino fundamental (6ª série)

MATE Unesco Unicef

Como melhorar o aprendizado de matemática

“A primeira coisa a salientar é que os baixos resultados em Matemática nas escolas dos países latino-americanos existem desde antes da pandemia, o que a pandemia fez foi intensificá-los, como mostram os resultados apresentados pelo PISA”, esclarece Daniela Reyes-Gasperini, Doutora em Ciências, Diretora de Capacitação de Professores e consultora global em Matemática de Relações com a Comunidade do Grupo Techint. E segue: “A ação predominante agora é potencializar os pontos fortes do corpo docente, acompanhar a transformação nas aulas, a desde as salas de aula. Devemos concentrar nossos esforços no trabalho conjunto com escolas e professores para alcançar melhorias consideráveis na aprendizagem dos alunos.”

Reyes-Gasperini considera que outros problemas subjacentes à educação matemática devem ser levados em conta: as condições socioeconômicas e as lacunas na educação na América Latina, e a necessidade dos professores de ter propostas para o desenvolvimento profissional docente em relação às TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação).

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Para Erika Bienek, Diretora Global de Relações Comunitárias do Grupo Techint, "esses resultados nos levam a nos engajar ainda mais e a reforçar nosso compromisso com a educação de qualidade. Vivemos e trabalhamos na América Latina, e essas crianças e jovens não são apenas parte de nossas comunidades, são o futuro delas.

Agora, como o Grupo Techint pode colaborar, a partir de seus programas educacionais, com os professores para que sejam treinados e implementem metodologias inovadoras de aprendizagem? Como podemos acompanhar os alunos para que eles possam alcançar trajetórias educacionais bem-sucedidas?

Esses temas serão abordados em outros artigos deste mesmo newsletter:

Desafios da aprendizagem da matemática nas escolas de ensino fundamental I

Nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio, o desenvolvimento do pensamento matemático

 

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